Monday, July 2, 2007

Strella do Dia no Solar dos Zagalos, Almada

Concerto de música baixa e música alta

1) «Música baixa ou música alta?
2) Quéqué isso aí, heim cara???»
3) «Isso ái é legáu, é? Espero que seja um barato!»
4) «Jóia!!»
Pois é. Imagine-se um brasileiro vindo do outro lado do Atlântico. Vem conhecer a capital dos seus antepassados portugueses: Lisboa. Depois descobre que o grande navegador Pedro Álvares Cabral andou pela margem sul: «Eu tenho de conhecer essa terra, cara!» E em vez de ir directamente ao Seixal, decide passar pelo Solar dos Zagalos, perto de Almada. Estamos no Verão, está calorinho, a Costa e as suas praias recheadas... de várias e diversas pessoas está mesmo ali ao lado. Depois surge uma visão: "Concerto dos Strella do Dia", que tocam "música alta" e "música baixa". E interroga-se, inquieto, quedando-se, por fim, na capela do dito Solar para conhecer melhor esta singularidade lusitana.
Assim fica a conhecer a "música baixa", que é um termo utilizado pelos nossos antepassados medievos para designar a música tocada em ambientes de interior, mais intimistas, caracterizada por instrumentos de corda, como o alaúde, a harpa e as flautas. Na altura não existiam nem Peaveys' nem Marshal's para amplificar estes intrumentos, e assim recorria-se à acústica das capelas, igrejas e outros sítios habitadas pelo espírito d'Aquele que habita no Alto. Para além disto, havia a música alta, onde predominavam as gaitas-de-foles, tarotas, gralhas, tambores e afins. A gaita-de-foles equivale hoje em dia a uma guitarra elétrica. Mas sem amplificação. (Pudera... para quê? Isso seria como levar areia para a praia...)
Chegado a este ponto, aproximando-se vertiginosamente do dinal deste texto, o leitor pergunta-se, e com razão: «Qual a razão das 3 alíneas no início deste texto?!» E os Strella, sempre amigos do próximo (sobretudo se for do sexo feminino, com três palminhos de cara e... e... [TEXTO CENSURADO], respondem: Por uma determinada ordem de razões, nomeadamente designamente porque exactamente. E também porque esta seria a ordem de reacções do nosso companheiro brasileiro; 1) ao tomar conhecimento do nosso programa 2) ao tomar conhecimento do nosso nome (retirado da Canta de Santa Maria nº 100 para os menos letrados nos domínios musicológicos) 3) ao ver os elementos deste agrupamento musical entrarem em cena 4) ao escutar as melodias celestes - ou não - dos Strella do Dia.
Pois é, resta-me terminar com as seguintes palavras imbuídas de um estilo a que os modernos chamam de "marketing": Strella do Dia - Música Alta ou Música Baixa, mas sempre "em Alta"!
O vosso fiel cronista.

4 comments:

Anonymous said...

sempre em Alta!
.
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se bem que, um dos elementos, toca um instrumento bastante duvidoso...

muita qualidade.parabéns.
abraço.
ruipires

Anonymous said...

Instrumento duvidoso?

Anonymous said...

Instrumento duvidoso? Que é isso hem?

Luís Daehnhardt said...

Parabéns! Continuem!

Um abraço.